1º O fardamento/equipamento do policial gera incômodo.
Quando um policial que atua na operacionalidade está devidamente equipado, o peso e as dimensões dos acessórios diminuem a mobilidade do policial, gerando desconforto e mais cansaço que um traje comum. Mesmo o mais confortável material tem sua sobrecarga, embora o incômodo seja cada vez mais reduzido em equipamentos mais modernos (coturnos, fardamento, cintos e coletes). Para garantir proteção individual o “preço” a se pagar é algum desconforto.
2º Atirar na perna é muito difícil e arriscado.
Um fato recente que aconteceu no bairro Trizidela, foi em que um rapaz esfaqueou outro jovem na frente da policia, e a maioria da população se questionou: "mais por que a policia não atirou na perna do bandido?".
Talvez influenciados pelas cenas dos filmes de Hollywood, é comum ver pessoas apontando como alternativas para ações policiais equivocadas simplesmente “dar um tiro na perna”. No momento em que uma ocorrência policial está se desenrolando a tensão e a rapidez do momento geralmente tornam esse tipo de disparo muito arriscado. Mesmo bons atiradores podem errar. Além de possibilitar que inocentes saíam feridos (o projétil pode ricochetear no chão, por exemplo, e atingir alguém), o policial pode estar correndo risco caso o suspeito esteja armado.
3º Ocorrências de pouco risco pode se tornar em um verdadeiro campo de guerra.
Voltamos ao mesmo cenário da Trizidela quando uma confusão entre famílias
que parecia uma ocorrência de pouco risco, se tornou em uma tragédia.
Mesmo no cenário de violência abundante no Brasil ainda é exceção no serviço policial a atuação em contextos de alto risco. Salvo unidades especializadas nesse tipo de ação, que geralmente são empregadas em casos extremos, o normal é que policiais precisem mediar pequenos conflitos e desentendimentos na maior parte do tempo. Mas aí vai um alerta: a qualquer momento algo muito arriscado pode ocorrer, e o policial precisa estar preparado – sem confundir a ação em ambiente de risco com a ação em ambiente de mediação.
4º O motorista da viatura é quem corre mais risco.
Imagine ter que dirigir, estar atento a alguma ocorrência que surja e, em caso de infração de trânsito ou qualquer dano na viatura, ser responsabilizado por isso. Esse é o desafio do motorista de viatura, que sempre estará mais vulnerável que os demais membros de uma guarnição – além de se cansar mais. Muitas polícias.
5º Se alimentar geralmente é um problema
Imagine estar se deslocando para almoçar, durante o serviço, e ser chamado para atender uma ocorrência. Ou então atender uma ocorrência alguns minutos antes do horário de lanche e precisar se ocupar algumas horas com a confecção de um BO de um flagrante na delegacia. Esses casos, e outros tantos, são bastante comuns durante o serviço operacional, o que acaba desregulando todo o planejamento alimentar dos policiais.